PÁGINAS


BEM-VINDOS



Eufrate Almeida é jornalista, documentarista, formado em cinema pelos Estúdios Vera Cruz; é educador, formado em  educação física, pedagogia, e em gestão de clubes esportivos; pós-graduado em educação para as relações étnico racial, com extensão em diversidade e inclusão social em direitos humanos, pela USP. 
Enquanto jornalista, Eufrate realizou mais de 70 exposições fotográficas sobre os mais variados temas; desenvolveu trabalhos com enfoque sociocultural retratando paisagens, vida social e cotidiana de povos africanos, em países como: Senegal, Costa do Marfim, Cabo Verde, Guiné Bissau e Gâmbia; realizou projetos de resgate da memória histórica dos quilombolas do estado de São Paulo e defendeu a formação de Quilombos, como uma sociedade política, democrática e economicamente organizada.
Em comunidades carentes, Eufrate tem realizado projetos pluriculturais utilizando o esporte, a fotografia e os elementos do hip-hop como ferramenta de resgate da autoestima e de inclusão, proporcionando uma vida socialmente saudável aos grupos de maior vulnerabilidade.
Na área esportiva, promoveu torneio de futebol na China, realizando jogos entre a equipe da Sociedade Esportiva Palmeiras e a Seleção daquele país. Evento que inaugurou o Taiyuan City Stadium, na Província de Shanxi, zona central da China.
Na educação ele ministra cursos de formação continuada para professores das redes públicas e particulares, em história da África e da cultura afro-brasileira e indígena, atendendo o que preconizam as Leis Federais 10.639/03 e 11.645/08.
No campo empresarial, Eufrate é fundador e CEO da Produzcultura, empresa realizadora de produções audiovisuais e de eventos esportivos; fomentadora de cultura e executora de projetos educacionais.


OUTRAS ÁREAS DE ATUAÇÃO DE EUFRATE
  • Presidente do IRVV - Instituto Resgate e Valorização da Vida.
  • Presidente do IBASA - Instituto Benemérito Angelina Salvatore.
  • Foi coordenador de esportes na Prefeitura de São Paulo. 
  • Foi coordenador de projetos na Faculdades Zona Leste (FZL).
  • Atuou como professor titular da Hi Music School, ministrando aulas de Comunicação e Cultura Musical, experiência adquirida em sua vida jornalística, como locutor em programas de rádio, nos anos noventa e dois mil, passando por jornais e revistas, em São Paulo e Rio de Janeiro.       
          Contato: 11-98729 2595 (whatsapp)
            eufratealmeida@gmail.com

                                                            
  


  

A Slum Man In América / Um Maloqueiro Na América - No Justice, No Peace ...

O que é um "malaco", na gíria brasileira?

Malaco é um jovem, geralmente de periferia, conhecedor das ruas e guetos; ele fala gíria com frequência e muitas vezes é alvo das investidas policiais por ter o estereótipo parecido com o de malandro.

Um dos significados de malaco, é ESPERTO. Costuma-se dizer, que para sobreviver às maldades e "leis" das favelas e dos guetos das grandes metrópoles, tem que ser esperto, tem que ser malaco. O que não impede, tratar-se de um jovem honesto, que vive de seus esforços e de seu trabalho.

Conheça a história de superação e um pouco da trajetória de Oviane dos Santos, o "Malaco P". O cara que superou o abandono, a extrema pobreza, a violência policial e o racismo. Ele tinha tudo para se tornar mais uma vítima do tráfico, mais um número nas estatísticas dos boletins policiais, como ocorreu com a maioria de seus amigos. Ele disse não a tudo isso, pôs em sua mente que seria um homem de bem e, um dia,  conheceria os Estados Unidos da América, para fazer de lá sua morada. 


Por Eufrate Almeida







     
     


















TAMBORES DE ARROZAL - JONGO: uma herança da cultura africana







Jongo, também conhecido como caxambu e corimá, é uma dança de origem africana, praticada ao som de tambores; é uma música, essencialmente rural e foi desenvolvido na região sudeste, que compreende os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo; influenciou, em especial, na formação do samba carioca, e na cultura popular brasileira como um todo. Segundo os jongueiros, como são chamados seus praticantes, o jongo é alma e espírito do samba. O samba, sem dúvida, foi o grande fruto dessa cultura! Com seus tambores, construídos a partir de tronco de árvore e pele de animal, afinados ao calor da fogueira, o Jongo era o ritmo mais tocado no alto das primeiras favelas cariocas. Nas casas dos antigos sambistas e compositores de respeito e, na velha guarda das escolas de samba, havia sempre rodas de Jongo. Do ritual de encontro entre jongueiros, por meio de poesia de improviso a ser decifrada, surgiram os famosos versos de partido-alto e do samba de terreiro, que devem ser criados na hora, pelo improvisador, e respondido pelo desafiante. Uma herança clara das Rodas de Jongo.
São João Batista do Arrozal ou simplesmente Arrozal, é o terceiro distrito do Município de Piraí-RJ, e tratava-se de uma região muito próspera na agricultura; ocupava a mão de obra de, aproximadamente, dez mil negros escravizados nas culturas de arroz, cana de açúcar e café.
Até final do século XIX, o local serviu de entreposto comercial, grande parte da produção agrícola dos municípios paulistas e mineiros, do Vale do Paraíba, escoava por Arrozal, em direção aos portos do Estado do Rio.

Hoje, pouco mais de sete mil pessoas vivem em Arrozal e menos de 1% mantém as tradições de seus ancestrais, oriundas do continente africano, é nessa parcela que o jongo sobrevive.

EXPOSIÇÕES FOTOGRÁFICAS DE EUFRATE ALMEIDA

"RAÍZES AFRICANAS
Nesta mostra foram retratados cinco países do continente africano:
 Senegal, Costa do Marfim, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Gâmbia.  



No início da minha carreira como jornalista, decidi conhecer alguns países do continente africano e além da curiosidade, algo mais me preocupava, sabia que a maioria da população brasileira desconhecia a história daquele continente, a existência de grandes cidades, a diversidade de idiomas, a riqueza cultural e a importância da ancestralidade africana no desenvolvimento das culturas no mundo. Frente à oportunidade e a necessidade de conhecer melhor o continente de onde descende a maior população negra do mundo, fora da África, embarquei para o Senegal, depois para Costa do Marfim, Cabo Verde, Gâmbia e Guiné Bissau.
Minhas viagens tinham como objetivo colher informações que suprissem a lacuna deixada pelos livros didáticos brasileiros, pois, a história da África, pouco é contemplada no currículo escolar no Brasil. A invisibilidade do continente africano, no ensino fundamental e médio, é total. Minha preocupação maior era, e ainda é, a maneira com que as crianças recebem as informações – sempre negativas – por parte dos meios de comunicação, enfatizando a miséria, a guerra, as doenças, a fome entre outros males, como se isso não acontecesse em outros lugares do mundo - inclusive no Brasil -, fazendo com que as crianças, jovens e adolescentes neguem sua afrodescendência e sintam-se totalmente desinteressados para o assunto. Parafraseando o professor Henrique Cunha Júnior (Universidade Federal do Ceará), a imagem do africano em nossa sociedade é a do selvagem acorrentado à miséria. Informação essa, de caráter racista, produtora de um imaginário pobre, preconceituoso e brutal, que cria dificuldade em articular um novo raciocínio sobre a história daquele continente.
A missão da qual me propus, foi manter contato com as culturas urbana e rural e, por meio da convivência, retratar o cotidiano, a alegria e a receptividade do povo africano. Com recursos próprios, realizei a viagem com sucesso e trouxe imagens incomuns, passando a exibi-las em exposições, palestras em escolas, associações, entidades classistas, além de ilustrar livros e revistas. Nessas palestras com a apresentação de slides, pude vivenciar o espanto das pessoas quando viram prédios e carros luxuosos, a ponto de certificarem, se realmente as fotos teriam sido feitas na África. O trabalho desenvolvido nas escolas da periferia e em comunidades carentes, serviu para elevar a autoestima das pessoas – a maioria negra – e revelar a realidade positiva do continente africano.




"REMANESCENTES DE QUILOMBO"
Exposição fotográfica retratando o Quilombo Ivaporunduva, 
situado na cidade de Eldorado, no Vale do Ribeira, Estado de São Paulo. 

A cultura quilombola faz parte da história do Brasil e a proposta desta exposição fotográfica é manter viva na memória dos seus descendentes/herdeiros, a luta pela sobrevivência e a manutenção de seus hábitos e cultura; divulgar a dificuldade que quilombolas enfrentam para permanecer em suas terra, manter o cultivo de sua lavoura e preservarem seus valores étnicos.
Na qualidade de fotógrafo, procurei captar a herança cultural deixada pelos escravos, a fim de divulgar uma realidade desconhecida pela maioria da população brasileira.
A Exposição retrata a memória histórica de um povo que até hoje sofre, com o legado da escravidão, registrando:
Espaço físico-geográfico, os tipos físicos (retratos), a arquitetura em pau-a-pique, mostrando o entrelaçamento de ripas que dá forma às moradias, o trabalho na agricultura de subsistência e a diversidade de utensílios e o rio Ivaporunduva, que em Tupi Guarani significa “árvore de muitos frutos” (único meio de acesso à comunidade).
O Quilombo Ivaporunduva está situado no Município de Eldorado, no Vale do Ribeira, Estado de São Paulo, onde 80 famílias sobrevivem, exclusivamente, da agricultura, pesca e caça artesanal, preservando o equilíbrio ecológico, extraindo o estritamente necessário para o próprio consumo.


"PONTOS DE VISTA"


A Exposição "Pontos de Vista" foi especialmente produzida para as comemorações do Dia da África (25/05), em 2009.    Ficou exposta no mês de maio, no Instituto de Artes da UNESP, Campus São Paulo e revelou aspectos culturais de vários países africanos, sob diferentes pontos de vista.

Informações sobre os países retratados

SENEGAL
Ex-colônia francesa, independente desde 1960, o Senegal é o país mais a oeste da África Ocidental e faz fronteira, ao norte, com a Mauritânia; a leste, com o Mali; ao sul, com a República da Guiné e a Guiné-Bissau; e a oeste, com o Oceano Atlântico. É o mais próximo vizinho de Cabo Verde e possui uma particularidade - a Gâmbia, país de colonização inglesa que se formou ao longo do rio Gâmbia, divide praticamente o seu território em duas partes, constituindo-se em um enclave de fato.
Casamance, local em que foram feitas as fotos rurais desta mostra, região localizada no sul Senegal, entre a Gâmbia, Guiné-Bissau e a República da Guiné, permanece isolada do restante do território do país. A principal conexão se faz pela via marítima. Pela via terrestre, é necessário contornar o rio Gâmbia ou atravessá-lo em barcaças para atingir a Casamance a partir de Dacar, a capital senegalesa.
Casamance, uma denominação provavelmente de origem portuguesa - os portugueses foram os primeiros europeus a se estabelecer na região -, é também o nome do grande rio que a atravessa e faz com que se possam distinguir duas zonas: a Alta Casamance e a Baixa Casamance. A Alta Casamance estende-se desde o norte do rio Casamance até a Gâmbia; a Baixa está situada entre o rio e Guiné-Bissau e a Guiné.
Com paisagens belíssimas, a Casamance é um verdadeiro labirinto de florestas remotas e de manguezais, entrecortado por muitos rios e um braço de mar, onde o meio de transporte tradicional são as pirogas - embarcações talhadas em madeira de uma única árvore. A vegetação exuberante faz com que essa região, única e extraordinária, seja conhecida como “o pulmão do Senegal”. Rica em recursos minerais e naturais, com terras férteis propícias à agricultura e ao cultivo de frutas tropicais como a banana, a manga, o abacaxi e o mamão, a economia da região é predominantemente agrícola. A Casamance é responsável pela produção de metade do arroz, do algodão e do milho do país e por esta razão é também chamada de "celeiro do Senegal".
O conjunto de fotos desse país, além das imagens da aldeia jola, mostra os centros financeiro e comercial de Dacar, com a arquitetura francesa e pessoas nos trajes típicos do país.

MALI - DESERTO DO SAARA E SEUS HABITANTES

Os tuaregues, que significa “Abandonado por Deus”, no idioma tamashek, são povos nômadas e berberes, criadores de gado do Saara Ocidental e Central e do Sahel. Vivem no noroeste africano principalmente no deserto do Saara, do sul da Argélia ao norte de Mali e no lado leste da Nigéria.

Idioma e Religião

Existem oito grupos de tuaregues e todos falam o tamashek, uma língua que pertence ao ramo berbere da família afro-asiática. É falado por cerca de 850.000 pessoas e é escrita em tifinagh (alfabeto não-cursivo que deriva do antigo numidiano). Provavelmente tem parentesco com egípcios e marroquinos, com quem partilham trechos culturais e a religião muçulmana.

Vida

Os homens dedicam-se à pastorícia (ovinos, camelos), aos transportes e ao comércio (sal, tâmaras, peles). São excelentes guias para a atravecia de caravanas pelo deserto.

Vestuário

As mulheres usam véu, os homens (taguelmust) turbante acompanhado de um véu que cobre todo o rosto exceto os olhos, além de fazer parte da cultura, o véu tem a função prática de proteger do sol e das rajadas de areia durante suas viagens.

Alimentação

A alimentação tuaregue é composta por laticínios, carne, hortaliças e peixe.

Moradia

Os tuaregues vivem em tendas de tecidos feitos à mão ou de pele de cabra e dormem em esteiras.

COSTA DO MARFIM

Costa do Marfim (em francês, Côte d'Ivoire) é um país africano, limitado ao norte pelo Mali e por Burkina Faso; a leste por Gana, ao sul pelo Oceano Atlântico, a oeste pela Libéria e pela Guiné. Sua capital é Yamoussoukro.
Denomina-se marfinês, costa-marfinês ou ainda costa-marfinense a quem é natural da Costa do Marfim.
Apesar de se usar em português o nome Costa do Marfim, o governo marfinês solicitou à comunidade internacional, em outubro de 1985, que o país seja chamado apenas por Côte d'Ivoire.
As imagens aqui apresentadas mostram um congresso de líderes regionais, cerimônia de um casamento cristão (católico) e uma confraternização familiar.






O PRECONCEITO PRATICADO NO BRASIL, VISTO POR OUTROS OLHOS.



O PRECONCEITO PRATICADO NO BRASIL, VISTO POR OUTROS OLHOS.

PAULO FREIRE: REFLEXÃO SOBRE DISCRIMINAÇÃO E MACHISMO

Paulo Freire fala de discriminação e machismo relembrando episódio na Tanzânia, igual ao que também passei no Senegal. Reflexão Interessante!


CARLOS JÚNIOR: REPÓRTER DE GUERRA



Esta entrevista revela um pouco do quão corajoso precisa ser um Repórter de Guerra. Carlos Júnior é um fotojornalista diferente daqueles que de tempos em tempos, são convocados para cobrir uma determinada guerra, pois ele convive diariamente com a guerra do tráfico nos morros e favelas do Rio de Janeiro.
Assistindo a esta entrevista, vieram à mente dois filmes representativos: Repórteres de Guerra, protagonizado por Ryan Phillippe, sobre a vida de quatro repórteres enviados à África do Sul, para cobrir as eleições, após o apartheid. E o mais emblemático, Cidade de Deus, quando o garoto Buscapé, interpretado por Alexandre Rodrigues, “acidentalmente” se transforma num repórter fotográfico, cobrindo o dia a dia do morro onde o enredo do filme é desenvolvido, e foi nele que vi a figura de Carlos Júnior. 
Estou falando de um profissional que podemos chamar de um repórter fotográfico completo, pois tem a questão social aflorada em suas atitudes. Sua atuação não se resume aos constantes tiroteios nos morros, pelas suas lentes passam manifestações culturais, sociais e esportivas.  O seu trabalho tem valores inestimáveis, ele criou o projeto social “Visões do Morro”, uma iniciativa que, por meios de oficinas e cursos profissionalizantes, oportuniza o acesso de crianças e jovens de comunidades carentes do Rio de Janeiro, a vivência com a fotografia, distanciando-os do envolvimento com o crime.
Há anos venho acompanhando o trabalho desse exímio fotógrafo e em conversa, por telefone, fiquei deveras orgulhoso em saber que antes de se transformar no brilhante profissional, ele olhava o meu trabalho e desejava fazer algo semelhante. Foi motivo de muito orgulho e satisfação saber que fui fonte de inspiração para a sua formação profissional. 
Por: Eufrate Almeida

CAPOEIRA: ARTE MARCIAL BRASILEIRA


HISTÓRIA DA CAPOEIRA




VÍDEOS: ORIGEM DA CAPOEIRA

 


 

O Surgimento da Capoeira


A capoeira surgiu entre os escravos como um grito de liberdade. 
Os negros da África, a maioria da região de Angola, foram trazidos para o Brasil para trabalhar nas lavouras de cana de açúcar como mão de obra escrava. 
Segundo Menezes (1976), a vida dos negros trazidos da África de maneira forçada, brutal, consistia em trabalhar de sol a sol para os senhores portugueses que exploravam as riquezas brasileiras desde o descobrimento. 
Chegando à nova terra, (os escravizados) eram repartidos entre os senhores, marcados a ferro em brasa, como gado, e empilhados na sua nova moradia: as prisões infectadas das senzalas. Os colonizadores agrupavam os africanos de diferentes regiões, com hábitos, costumes e até línguas diferentes, eliminando, assim, o risco de rebeliões. 
Os negros chegavam ao Brasil, depois de passarem dias empilhados em navios negreiros, trazendo como única bagagem suas tradições culturais e religiosas. 
O negro trouxe consigo suas danças e lutas guerreiras que de muita valia veio a se tornar para os escravos fugitivos.
Na África, mais precisamente na região de Angola, os negros lutavam com cabeçadas e pontapés nas chamadas "luta das zebras", disputando as meninas das suas tribos com a finalidade de torná-las suas esposas. 
Na ausência de armas, os negros buscaram nas danças guerreiras sua forma de defesa. Da necessidade de preservação da vida, surgiu a capoeira.
Tendo como mestra a mãe natureza, notando brigas dos animais as marradas, coices, saltos e botes, utilizando-se das manifestações culturais trazidas da África (como, por exemplo, brincadeiras, competições etc. que lá praticavam em momentos cerimoniais e ritualísticos), aproveitando-se dos vãos livres que aqui se abriam no interior das matas e capoeiras, os negros criam e praticam uma luta de autodefesa para enfrentar o inimigo.
Com o passar dos tempos, os nossos colonizadores perceberam o poder fatal da capoeira, proibindo esta e rotulando-a de "arte negra", Santos (1998).
Em 1888 foi abolida a escravatura e com isso muitos escravos foram lançados nas cidades sem emprego e a capoeira foi um dos meios utilizados para a sobrevivência. Alguns ex escravos (foros) passaram a ganhar a vida fazendo pequenas apresentações em praça pública, porém muitos deles utilizaram a capoeira para roubar e saquear. 
Os marginais brancos também aprenderam a nova luta com o convívio mais direto com os negros e introduziram na sua prática as armas brancas. 
Formaram-se verdadeiros bandos de marginais aterrorizando a população. 
Já em 1890 a capoeira foi colocada fora da lei pelo Código Penal da República, que dizia:
Art. 402 - Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal, conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em carreiras, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, promovendo tumulto ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal: Pena: De prisão celular de dois meses a seis meses. (Barbieri, 1993, p.118).
Segundo Sodré (1983), as punições aplicadas eram reclusão na ilha Fernando de Noronha e castigos corporais, tais como chibatadas. 
Segundo Areias (1983), os seus chefes foram encarcerados ou exterminados, mas a capoeiragem continuou fazendo o seu trajeto. 
A capoeira se espalhou pelo Brasil, porém foi nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco onde se encontravam os maiores comentários entre o povo e a imprensa local. Apesar de reprimida a capoeira continuou a ser praticada e ensinada para as gerações seguintes. 
Em 1929 ocorreu a quebra da Bolsa de Nova Iorque com a consequente crise do capitalismo, o Brasil viveu um momento de ebulição das forças sociais. 
Com a entrada de Getúlio Vargas no governo do país, medidas foram tomadas para angariar a simpatia popular, entre elas a liberação de uma série de manifestações populares. Para tal, Getúlio Vargas convidou Manoel dos Reis Machado, o mestre Bimba, para uma apresentação no Palácio do Governo. Temendo a popularização da arte - luta, Getúlio Vargas permitiu a abertura da primeira academia de capoeira, que teria um cunho folclórico. Após essa passagem, a capoeira perdeu suas características de luta marginal e vadiagem, visto que para frequentar a academia de mestre Bimba os indivíduos eram obrigados a ter carteira de trabalho assinada.
Grande parte do que se sabe hoje sobre a capoeira praticada pelos escravos foi transmitido pelas gerações de forma oral, visto que "... a documentação referente à época da escravatura foi queimada por Rui Barbosa, Ministro da Fazenda no governo de Deodoro da Fonseca" (Sete 1997).
Enfim, a capoeira ganhou a popularidade estimada por Bimba, e até os dias de hoje vem reunindo adeptos pelo país. 


O Significado de Capoeira


Capoeiras eram áreas semi desmatadas onde os escravizados treinavam seus golpes, e provavelmente veio daí o nome da luta. Seus golpes quase acrobáticos e com aspecto de dança, muito contribuíram para enganar os senhores de engenho, que permitiam a prática, julgando-a como uma brincadeira dos escravos. Segundo Areias (1983), a dança, por sua vez, representada pela ginga, servia para disfarçar a luta dando-lhe um caráter lúdico e inofensivo. A capoeira serviu por muitos anos como instrumento de luta dos escravos. O berimbau e outros instrumentos
As rodas de capoeira são ritmadas pelo toque de instrumentos e pelas palmas dos capoeiristas. 
O berimbau, que servia para dar ritmo ao jogo, também servia para anunciar a chegada de um feitor, ou seja, a hora de transformar a luta em dança. 

Escravos Negros


Os escravos negros começaram a ser desembarcados no Brasil por volta de 1548 e, nos três séculos seguintes, seriam predominantes do tronco linguístico banto, do qual faz parte a língua Kimbundo. 
Esse grupo englobava Angolas, Benguelas, Moçambique, Cabindas e Congos: "Eram povos de pequenos reinos e com um razoável domínio de técnicas agrícolas e cuja grande característica era possuir uma visão muito plástica e imaginosa da vida, com grande capacidade de adaptação cultural", (explica o antropólogo Oderp Serra).
No Brasil, esses grupos étnicos, antes rivais, se uniram pela escravidão formando uma cultura africana no Brasil a qual plantou bases e tradições muito fortes na cultura brasileira, na dança, música e técnicas de movimentos do corpo "Não existe na historiografia recente do Brasil, nenhum dado que possa afirmar que a capoeira é proveniente da África". 
Com certeza ela foi desenvolvida por escravos no Brasil, portanto, a capoeira é legítima e genuinamente brasileira, não podemos afirmar com certeza, se a capoeira teve seu inicio no passado em Salvador, Rio de Janeiro ou Recife, provavelmente, se fez ao mesmo tempo nestas cidades, sabe-se que a capoeira realmente surgiu como "instrumentos de libertação contra um sistema dominante predominante opressor".
O homem negro na condição de escravo era tratado como peça desse sistema dominante, os meninos negros como moleques e as mulheres escravas com filhos como fêmeas com suas crias. Os registros que determinam datas para seu surgimento utilizam datas que variam entre 1578 e 1632. 
Dessa forma, o surgimento da capoeira se funde com a história da resistência dos negros no Brasil. Eis porque as maiorias dos autores que escrevem sobre a questão associam o aparecimento da capoeira ao surgimento dos primeiros quilombos; alguns chegam a se referir especificamente ao Quilombo de Palmares (que foi o que reuniu um número maior de pessoas, cerca de 50 mil, e foi destruído em 1694) como sendo o berço da capoeira. 
No século passado, as principais cidades portuárias brasileiras, como Salvador, Recife e Rio de Janeiro, eram uns aglomerados de gente. 
Era comum a figura do escravo de ganho, aquele que tinha permissão de vender ou prestar serviços na rua e em troca dar uma porcentagem do dinheiro que obtivesse ao seu senhor. Sem outra coisa a oferecer senão a força física para carregar móveis, mercadorias e dejetos, muitos faziam ponto perto do porto. Não demorou para que esses grupos se organizassem sob a chefia de algum valente chamado de "capitão" que era exímio em capoeira.

Na história dos esforços pelo reconhecimento


Na história dos esforços pelo reconhecimento da Capoeira como esporte ou luta nacional de origem étnico brasileira, há um verdadeiro calendário.
Em 1907, apareceu um trabalho, cujo autor se ocultou sob as iniciais O.D.C. (Ofereço, Dedico e Consagro), intitulado O Guia da Capoeira ou Ginástica Brasileira.
Em 1928, Annibal Burlamaqui assina Ginástica Nacional (Capoeiragem) Metodizada e Regrada.
Em 1932, fundação do Centro de Cultura Física e Capoeira Regional, do Mestre Bimba.
Em 1937, registro oficial do Centro de Cultura Física e Capoeira Regional.
Em 1942, foi feito um inquérito pela Divisão de Educação Física do Ministério da Marinha, consultando sobre os melhores elementos para a instalação de um método de ensino da Capoeira.
Em 1945, Inezil Penna Marinho lança o livro Subsídios Para o Estudo da Metodologia do Treinamento da Capoeiragem.
Em 1960, Lamartine Pereira da Costa, então oficial da Marinha, diplomado em Educação Física pela E.E.F.E e instrutor chefe dos cursos da Escola de Educação Física da Marinha, CEM-RJ, lança um livro que se tornou clássico: Capoeiragem - A Arte da Defesa Pessoal Brasileira.
Em 1968, Waldeloir Rego lança o livro Capoeira Angola - Ensaio Socioetnográfico, considerado um dos mais completos sobre Capoeira.
Em 01 de janeiro de 1973, entra em vigor o Regulamento Técnico da Capoeira, oficializando a Capoeira como o ESPORTE NACIONAL BRASILEIRO.
Em 27 de outubro de 1973 é registrada varias associações de capoeira no rio de janeiro.
Em 14 de julho de 1974 é fundada a Federação Paulista de Capoeira (FPC).
Em 17 de maio de 1984 é fundada a liga de capoeira cordel vermelho em Minas Gerais
Em 20 de julho de 1984 é fundada a Federação de Capoeira do Estado do Rio de Janeiro (FCERJ).
Em 21 de abril de 1989 é fundada a Liga Niteroiense de Capoeira (LINC).
Em 23 de outubro de 1992 é fundada a Confederação Brasileira de Capoeira (CBC).
Em 13 de maio de 1995 é fundada a Federação de Capoeira Desportiva do Estado do Rio de Janeiro (FCDRJ).
Em 03 de junho de 1995, é fundada a Liga Carioca de Capoeira.

A Capoeira hoje


Capoeira nas Academias a capoeira, antes treinada livremente pelos escravos, é agora treinada dentro das academias. 
A passagem dos campos de mata aberta para as salas das academias não foi a única modificação sofrida pela arte. 
Com a entrada da capoeira nas academias, algumas modificações ocorreram na capoeira dos escravos do engenho. 
Além de lugar fixo para o treinamento, foram implantados também horários para tal. Foi padronizado um uniforme que consiste em calça branca (representando as calças de saco que os negros usavam para a lida) e um cordel que deve ser amarrada no lado direito cintura da calça. 
Alguns grupos que praticam a capoeira Angola utilizam-se de calça preta.
Os capoeiras, ou capoeiristas, agora se dividem em grupos que carregam um nome que normalmente representa a escravidão. 
Comumente, os capoeiristas representam o grupo, ao qual participam, com o símbolo gravado na calça. Esses grupos ou associações tem por objetivo expandir a arte da capoeira pelo país, alguns chegando até a levar a nossa arte para o exterior. 
A maioria dos grupos de capoeira convivem pacificamente, apesar de cada um interpretar a capoeira de uma maneira diferente (alguns trabalham a capoeira numa visão mais folclórica, outros a entendem mais como luta, uns dão maior ênfase a parte esportiva, outros valorizam principalmente a educação pela capoeira). 
Como prova do convívio de amizade entre os grupos, são realizados periodicamente encontros, que se reúnem com a finalidade de compartilhar conhecimentos.

Várias concepções da capoeira!


A capoeira pode e deve ser ensinada globalmente, deixando que o educando busque a sua identificação em quaisquer dessas enumerações que veremos a seguir.

Caberá ao docente um papel relevante orientando e estimulando para que o discente possa aproveitar ao máximo toda a sua potencialidade.

a capoeira pode ser praticada das seguintes formas:


 Capoeira Luta

Representa a sua origem e sobrevivência através dos tempos, na sua forma mais natural, como instrumento de defesa pessoal, genuinamente brasileiro. Deverá ser ministrada com o objetivo de combate e defesa.

Capoeira Dança e Arte

A Arte se faz presente através da música, ritmo, canto, instrumento, expressão corporal e criatividade de movimentos. 
É também um riquíssimo tema para as artes plásticas, literárias e cênicas. 
Na Dança, as aulas deverão ser dirigidas no sentido de aproveitar os movimentos da capoeira, desenvolvendo flexibilidade, agilidade, destreza, equilíbrio e coordenação motora, indo à busca da coreografia e da satisfação pessoal.

Capoeira Folclore

É uma expressão popular que faz parte da cultura brasileira, e que deve ser preservada, promovendo a participação dos alunos, tanto na parte prática, quanto na teórica.

Capoeira Esporte

Como modalidade desportiva, institucionalizada em 1972, pelo conselho nacional de desportos, ela mesma deverá ter um enfoque especial para competição, estabelecendo-se treinamentos físicos, técnicos e táticos.

Capoeira Educação

Apresenta-se como um elemento importantíssimo para a formação integral do aluno, desenvolvendo o físico, o caráter, a personalidade e influenciando nas mudanças de comportamento. Proporciona ainda um autoconhecimento e uma análise crítica das suas potencialidades e limites.

Capoeira Lazer

Funciona como prática não formal, através das "rodas" espontâneas, realizadas nas praças, colégios, universidades, festas de largo e etc., onde há uma troca cultural entre os participantes.

Capoeira Filosofia

Entre muitos fundamentos, trás uma filosofia de vida que prega o respeito ao próximo e aos mais velhos, estes que por sua vez possuem um grau maior de sabedoria. Muitos são os adeptos que se engajam de corpo e alma criando uma filosofia de vida, tendo a capoeira como símbolo e até mesmo usando-a para a sua sobrevivência.

Capoeira Terapia

 O esporte exerce um papel fundamental no desenvolvimento somático e funcional de todo indivíduo. Para a pessoa com deficiência, respeitando-se as suas limitações e capacidades, o esporte tem importância inquestionável. A capoeira vem tendo destaque muito grande, não só como esporte, mas, no caso dos portadores de deficiência, ela atua, verdadeiramente, como terapia. Considerando sempre as etapas mentais, cronológicas e motoras do indivíduo, propicia um desenvolvimento orgânico mais satisfatório, melhora o tônus muscular, permite maior agilidade, flexibilidade e ampliação dos movimentos. Auxilia o ajuste postural, bem como o esquema corporal, a coordenação dinâmica e, ainda, desenvolve a agilidade e força. Vale ressaltar que a capoeira proporciona a liberação de sentimentos como a agressividade e o medo, levando o ser humano a adquirir uma condição física mais satisfatória e um comportamento mais socializado.



AFRICA IS NOT A COUNTRY



A maioria dos brasileiros desconhece a África enquanto continente e a classifica como um país pobre, sem nenhuma infraestrutura, sem saneamento básico e com uma população que vive em constante conflito.
A visão do africano em nossa sociedade é a do selvagem acorrentado à miséria. Informação essa, de caráter racista, produtora de um imaginário pobre, preconceituoso e brutal, que cria dificuldade em articular um novo raciocínio sobre a história e cultura do povo daquele continente.
Esse vídeo vem colaborar com o estreitamento da lacuna e entre o que pensa o povo brasileiro e a realidade do continente africano.



DEFINIÇÃO DE BLACK MUSIC

Black Music é um termo genérico dado a uma variedade de músicas e gêneros musicais emergentes ou influenciados pela cultura Africana na América, que há muito tempo constituiu um grande e significativo movimento de minorias étnicas da população dos Estados Unidos. Muitos dos seus antepassados foram originalmente trazidos para a América do Norte, para trabalhar como mão de obra escrava, trazendo o polirrítmico, canções de centenas de grupos étnicos, em todo o Ocidente e África Subsaariana. Com a convergência nos Estados Unidos, dos povos de diferentes regiões, múltiplas tradições culturais, mescladas com influências da polca, valsas e outros ritmos europeus. Períodos posteriores viram inovação considerável e muita mudança cultural. Os gêneros Blacks têm sido muito influentes em todos os agrupamentos socioeconômico e racial, em nível mundial.

OS VÍDEOS ABAIXO SÃO ALGUNS DOS UTILIZADOS EM MINHAS AULAS DE CULTURA MUSICAL.

SIDIKI DIABATÉ



Sidiki Diabaté é filho do “Rei do Kora”, Toumani Diabaté (Grammy Awards 2006 e 2010)
e é considerado o “Príncipe do Kora”. Por isso mesmo se o princípio da precaução deve
ser aplicado, sistematicamente, para discutir a genealogia de um jovem músico, este
“título” ele não escolheu, não é uma coincidência. Na verdade, Sidiki já domina 
perfeitamente a prática da icónica cabaça de 21 cordas. Lembre-se que estas 21 
cordas estão transmitindo memória,  conhecimento e cultura e só muito estudo e 
trabalho têm permitido Sidiki a ganhar maturidade e expressão pessoal, respeitando 
a tradição. Primeiro ele recebeu seu primeiro treinamento com seu pai, Toumani 
Diabate, que lhe ensinou o básico. Em seguida, ele aperfeiçoou com o seu tio, Madou 
Sidiki Diabaté, depois com Madi Kouyaté (O irmão mais novo do grande mestre do 
Kora, Soriba Kouyaté do Senegal, que foi o primeiro a inserir o kora no jazz. Professor 
de música, após quatro anos de formação no INA (Instituto Nacional de Artes de Mali) 
Sidiki aprofundou o conhecimento no Conservatoire Balla Kouyaté Fasseke de música 
do mundo. 
"O Pequeno Príncipe do Kora" perpetua o estilo da família Diabaté: o jogo simultânea 
(acompanhamento de baixo e improvisação ao mesmo tempo) com 4 dedos. Também
a partir deste toque em simultâneo básica teve a chance de voar para outros mundos, 
outros estilos musicais, como hip hop, jazz, funk. Ele é um membro da sinfonia do Kora, 
criado por seu pai Toumani Diabate, que inclui mais de vinte tocadores. Sidiki não é só 
um tocador de Kora, é um artista completo, também pianista. É autor, compositor, 
intérprete, programador, arranjador e engenheiro de som. A sua originalidade reside na
mágica que ele conseguiu inflamar a mistura entre o instrumento tradicional (Kora) e 
programação digital. Em 2010 Sidiki foi recompensado duas vezes em Mali: Recebeu o 
Hip Hop Awards de melhor fabricante de bater, em seguida, com o seu grupo de hip hop
GRR, ele ganhou o prêmio de melhor grupo de rap com composição musical Sidiki 
mistura música tradicional com moderna. Sidiki deu o seu primeiro show na Europa, com 
Farka Toure, filho de Ali Farka Toure, em Ardeche, em 2006. Em 2007, ele foi o convidado 
do festival parisiense "On the Beach". Em 2008 ele fez sua primeira turnê pela Europa 
e norte da África com seu pai Toumani Diabaté, para a promoção do álbum Mande 
Mudança. Nesta ocasião ele vai dividir o palco com artistas de renome como BJORK, 
Damon Albarn, Eliades Ochoa, Fogo Mangala Camara, Kasse Madi Diabaté. 
Sidiki  é o arranjador de todos os jovens artistas a trabalhar com a tradicional 
rappers do Mali, graças à sua mistura bem sucedida da música tradicional com a 
música moderna. Em 2008, ele participou da construção do primeiro livro sobre 
Kora, para a qual gravou seu primeiro álbum solo, que é anexado ao livro.

Fonte: Africultures

Mory Kante

Mory Kanté (nascido em 29 março de 1950, Kissidougou, Guiné) é um vocalista e instrumentista (tocador de kora). Depois de ter sido educada no Mandinka tradição griot na Guiné, ele foi enviado para Mali, com a idade de sete anos - onde ele aprendeu a tocar kora, bem como as tradições voz importante, algumas das quais são necessárias para se tornar um griot.
Em 1971 Kanté tornou-se membro da banda Rail, em que Salif Keita era um cantor. Keïta deixou a banda em 1973, passando o vocal para Kanté.
Kanté é mais conhecido internacionalmente por sua música de sucesso de 1987 " Yé ké yé ké ", que foi um dos melhores de sempre da África venda sucessos, além de ser um número de europeus Um em 1988, tornando-o o primeiro single já Africano para vender mais de um milhão de cópias.
Kanté recebeu fama inesperada novamente em 1994, quando o duo alemão techno Hardfloor criou um remix dance de "Yeke Yeke". Ele também apareceu em 2006 como vocalista na britânica DJ Darren Tate release's "Narama".
Em 16 de outubro de 2001, Mory Kanté foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO).


Mamadou diabaté

Mamadou Diabaté nasceu em Kita, uma cidade relativamente próxima a capital do Mali, Bamako. Conhecido por sua importância artística e cultural Manding, comunidade da África Ocidental. Ele nasceu em uma família de griots, com seu pai, Djelimory Diabaté, também músico, tocador de kora e membro do Ensemble Instrumental de Mali. Mudou-se com seu pai para Bamako, com quatro anos de idade, mas retornou à sua terra natal para frequentar a escola. Ele começou a tocar kora muito jovem, e ficou tão encantado com o instrumento, que sua mãe o proibiu que tocasse, para fazer trabalho acadêmico. Depois ele deixou a escola, para prosseguir com o instrumento. Diabaté tocou em vários eventos como: batizados e casamentos. Ele havia vencido diversos concursos de música e pela idade que tinha, 15 anos, estava se tornando uma espécie de celebridade regional, fazendo shows para personagens importantes.
Aos 16 anos ele foi para Bamako novamente, desta vez para estudar a kora com seu primo, o músico Toumani Diabaté. Em 1996, ele passou a viajar com um grupo “Ensemble Instrumental do Mali”, e se estabeleceu nos Estados Unidos, primeiro em Nova York , em seguida, em Durham, Carolina do Norte.
Desde sua mudança para os Estados Unidos, Diabaté já tocou com diversos músicos do país, incluindo cantores de jazz como: Randy Weston e Donald Byrd.
Diabaté foi indicado para um Grammy, mas perdeu para seu primo, Toumani. Ele recebeu uma segunda indicação em 2010, na categoria Melhor Música Tradicional do Mundo, para o seu álbum Douga Mansa, quando ganhou seu primeiro prêmio Grammy.