A professora Tassia Rangel, da Rede Pública Municipal de São Paulo, trabalha com projeto contra a violência no ambiente escolar.
Veja a matéria.
Comunicação Não-Violenta é assunto
na EMEF Senador Teotônio Vilela-CEU
Paz.
A EMEF Senador Teotônio Vilela-CEU Paz, está situada no Jardim Paraná,
Zona Norte de São Paulo, região de extrema vulnerabilidade social.
Segundo a terapeuta Mari Nascimento, locais como esse, são ideais para a
implantação das ações que vem desenvolvendo em comunidades carentes de São
Paulo, trata-se do “Projeto Roda FloreSer”, onde a
especialista trabalha a Comunicação Não-Violenta, técnica desenvolvida pelo psicólogo norte-americano, Marshall Rosenberg.
O “Projeto
Roda FloreSer”, nasceu da reflexão
realizada por sua idealizadora, com professores e estudantes da Rede Pública de
ensino da Cidade de São Paulo, a fim de fortalecer e ampliar a CNV -
Comunicação Não Violenta no ambiente escolar. A comunicação é a transformação e
ampliação de consciência, um despertar em cada indivíduo; na escola, ela se dá
através de conteúdo, aprendizado contínuo, vivências e troca de experiências.
“A Violência
pode ser desenvolvida através da raiva, da desconexão, da aversão,
da confusão, do desconforto, do temor, do stress, da tristeza, da
vulnerabilidade e da dor de um ser. Essa violência é expressa nas formas verbal
ou física, dentro ou fora sala de aula. Um diálogo deficiente pode ser
responsável por uma dessas violências. Não nascemos com manual de instrução,
construímos nosso manual durante a vida e, a Comunicação Não-Violenta, desenvolvendo
autoconhecimento, inteligência emocional, autoempatia e o diálogo empático,
torna-se uma excelente ferramenta para a desconstrução da ação
violenta”. Afirma a terapeuta.
Ao tomar conhecimento do “Projeto Roda FloreSer” e da técnica
usada por Mari Nascimento, na aplicação da Comunicação Não-Violenta, a
professora de português, Tassia Rangel, convidou a terapeuta para a aplicação do
projeto com um grupo de alunos, onde a aprovação foi total. Segundo a
professora, os alunos começaram meio
desconfiados, sem saber bem se poderiam se abrir, contar suas histórias, mas
depois que a primeira aluna compartilhou seus sentimentos, todos se envolveram
na atividade, compreendendo a colega, se colocando em seu lugar e tentando
entender como ela se sentia em relação à história partilhada. Foi uma
experiência incomum, coisa parecida nunca havia acontecido naquela escola.
Diante do sucesso entre os alunos e a interação provocada pelo evento,
observados por Tassia Rangel, garante a educadora que o projeto terá
continuidade no próximo ano letivo.
“Praticar a Comunicação Não-Violenta
através dos círculos com os alunos auxilia no autodesenvolvimento, foco,
autoempatia e ter diálogos empáticos. O “Projeto Roda FloreSer”, oferecido à instituições de ensino,
contribui para a melhoria dos relacionamentos entre alunos, entre alunos e
professores e, também, para dirimir conflitos em toda a comunidade escolar”.
Conclui Mari Nascimento.
Por: Eufrate Almeida
MTB 72842-SP.