PÁGINAS


POVOS INDÍGENAS


EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA


A inserção do ÍNDIO GUARANI em solo brasileiro se deu pelo Rio Grande do Sul, vindo do Paraguai, nos anos 700 da nossa era e habitou o litoral marítimo e o da Lagoa dos Patos, bem como, as margens dos grandes rios. A busca da terra localizada para o lado do mar, apontada como causa de suas contínuas migrações.

O guarani é o índio da cerâmica. Conhecia rudimentos de tecelagem, produzia vestimentas da fibra de certa urtiga. Era distintivo viril o uso do tembetá, no lábio inferior.

 Vestiam-se com roupas feitas do algodão por eles cultivado. Até os dias atuais pinta e tatua o corpo. Para isso, usa tintas preta e vermelha. Os adornos de penas são muito apreciados por eles. 


Os PATAXÓS são um povo de língua da família maxakali, do tronco macro-jê. Apesar de se expressarem na língua portuguesa, alguns grupos conservam seu idioma original, a língua maxacali (patxôhã).

Em 2010, os pataxós totalizavam 11.833 pessoas, segundo dados da Fundação Nacional de Saúde.

Eles vivem na terra indígena Barra Velha do Monte Pascoal, ao sul de Porto Seguro-BA.

A etnia Pataxó ganhou uma trágica notoriedade após o assassinato do índio Galdino Jesus dos Santos, em 1997, que era líder do povo pataxó hã hã hãe. Ele dormia em uma parada de ônibus em Brasília, quando delinquentes de classe média atearam fogo ao seu corpo, alegando que o confundiram com um mendigo.


A população PANKARARÉ distribui-se em pequenas unidades agrícolas em torno do povoado de Brejo do Burgo, município de Nova Glória, a cerca de 40 km a sudoeste da cidade de Paulo Afonso, na Bahia. Existe ainda um pequeno núcleo mais ao sul – o “Chico” -, localizado no interior do Raso da Catarina.

Como outros povos da região do São Francisco, o Pankararé teria sido aldeado junto a uma das muitas missões religiosas católicas que se estabeleceram a partir do século XVII, às margens do rio. Fontes históricas e a própria memória deste povo fazem referência a um aldeamento jesuítico, estabelecido em 1698, em Curral dos Bois, depois Santo Antônio da Glória, onde deve permaneceu até a expulsão.



FULNI-Ô é um povo de origem pernambucana e é o único do nordeste que conseguiu preservar sua própria língua.

Eles ocupam uma área dividida em 427 lotes individuais, que totalizam 11.505 hectares, em Águas Belas, Pernambuco. Os fulniôs resistiram à ocupação, mantendo, até hoje, por exemplo, o ritual do ouricuri.

Ouricuri é uma região que integra as terras fulni-ô em Águas Belas, e onde eles praticam reclusão coletiva durante três meses. Neste local, os não fulniôs só podem entrar com autorização do pajé, e nunca durante a prática do ritual. Os fulni-ô mantêm o conjunto de elementos que compõe a religião em segredo, pois acreditam que o segredo protege suas especificidades culturais.             















WASSU-COCAL é um povo que habita a zona da mata alagoana entre os municípios de Joaquim Gomes e Novo Lino, na terra indígena do mesmo nome. Existe uma controvérsia nas fontes históricas sobre as origens da Aldeia Cocal, na zona da mata, norte de Alagoas. Uma das versão afirma que esta originou-se de partes da antiga sesmaria da Aldeia do Urucu, que foi fundada na região após a guerra dos Palmares. o dos jesuítas (1773).

A aldeia estava localizada numa região coberta de matas e com terras bastante irrigadas por rios caudalosos e vários afluentes.

Ocupando uma área vasta e fértil, o território foi palco de diversos conflitos entre índios e senhores de engenhos que invadiam o patrimônio dos índios ao longo dos séculos XVIII e XIX. Nessa época destacava-se a presença da povoação do Murici, nos arredores da aldeia.





Os índios TUPI viviam em grandes cabanas comunitárias feitas de troncos e folhas de palmeira. Dentro de cada cabana, chamada oka, moravam várias famílias, sem que houvesse divisórias entre as famílias. Cada família possuía seu próprio fogo e diversas redes de dormir, confeccionadas com fibras vegetais, cipós e algodão. O centro da oka era ocupada pelo chefe.

A agricultura era praticada pelo sistema de queimada, que limpava e adubava com as cinzas o terreno para o plantio. A caça, a pesca e a coleta de frutas e raízes completavam sua dieta.

Em suas migrações através da América do Sul, os tupis eram orientados por líderes religiosos, os karai, que lhes prometiam um paraíso ao final da jornada: a chamada “terra sem males”.

Segundo a teoria mais aceita pelos estudiosos, os povos indígenas da América são procedentes de migrações de povos asiáticos, que alcançaram a América através do Estreito de Bering, entre 11000 e 11500 anos atrás (embora uma teoria mais recente levante a hipótese de ter ocorrido também uma migração anterior, de povos aparentados com os africanos e aborígenes australianos).

Provavelmente desceram ao longo do continente americano até atingir o extremo sul da América do Sul. Um desses povos diferenciou-se dos demais e desenvolveu uma língua troco-tupi, no sul da Amazônia, por volta do século V da era cristã, provavelmente na região do atual Estado de Rondônia. Embora uma hipótese alternativa aponte a região dos rios Paraguai e Paraná como o centro original da dispersão tupi-guarani.








Por: Eufrate Almeida

Fonte:

UFPE-Universidade de Pernambuco.

FUNAI – Fundação Nacional do Índio