HISTÓRIA DA CAPOEIRA
VÍDEOS: ORIGEM DA CAPOEIRA
O Surgimento da Capoeira
A capoeira surgiu entre os
escravos como um grito de liberdade.
Os negros da África, a maioria da região de Angola, foram trazidos para o Brasil para trabalhar nas lavouras de cana de açúcar como mão de obra escrava.
Segundo Menezes (1976), a vida dos negros trazidos da África de maneira forçada, brutal, consistia em trabalhar de sol a sol para os senhores portugueses que exploravam as riquezas brasileiras desde o descobrimento.
Chegando à nova terra, (os escravizados) eram repartidos entre os senhores, marcados a ferro em brasa, como gado, e empilhados na sua nova moradia: as prisões infectadas das senzalas. Os colonizadores agrupavam os africanos de diferentes regiões, com hábitos, costumes e até línguas diferentes, eliminando, assim, o risco de rebeliões.
Os negros chegavam ao Brasil, depois de passarem dias empilhados em navios negreiros, trazendo como única bagagem suas tradições culturais e religiosas.
O negro trouxe consigo suas danças e lutas guerreiras que de muita valia veio a se tornar para os escravos fugitivos.
Na África, mais precisamente na região de Angola, os negros lutavam com cabeçadas e pontapés nas chamadas "luta das zebras", disputando as meninas das suas tribos com a finalidade de torná-las suas esposas.
Na ausência de armas, os negros buscaram nas danças guerreiras sua forma de defesa. Da necessidade de preservação da vida, surgiu a capoeira.
Tendo como mestra a mãe natureza, notando brigas dos animais as marradas, coices, saltos e botes, utilizando-se das manifestações culturais trazidas da África (como, por exemplo, brincadeiras, competições etc. que lá praticavam em momentos cerimoniais e ritualísticos), aproveitando-se dos vãos livres que aqui se abriam no interior das matas e capoeiras, os negros criam e praticam uma luta de autodefesa para enfrentar o inimigo.
Com o passar dos tempos, os nossos colonizadores perceberam o poder fatal da capoeira, proibindo esta e rotulando-a de "arte negra", Santos (1998).
Em 1888 foi abolida a escravatura e com isso muitos escravos foram lançados nas cidades sem emprego e a capoeira foi um dos meios utilizados para a sobrevivência. Alguns ex escravos (foros) passaram a ganhar a vida fazendo pequenas apresentações em praça pública, porém muitos deles utilizaram a capoeira para roubar e saquear.
Os marginais brancos também aprenderam a nova luta com o convívio mais direto com os negros e introduziram na sua prática as armas brancas.
Formaram-se verdadeiros bandos de marginais aterrorizando a população.
Já em 1890 a capoeira foi colocada fora da lei pelo Código Penal da República, que dizia:
Art. 402 - Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal, conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em carreiras, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, promovendo tumulto ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal: Pena: De prisão celular de dois meses a seis meses. (Barbieri, 1993, p.118).
Segundo Sodré (1983), as punições aplicadas eram reclusão na ilha Fernando de Noronha e castigos corporais, tais como chibatadas.
Segundo Areias (1983), os seus chefes foram encarcerados ou exterminados, mas a capoeiragem continuou fazendo o seu trajeto.
A capoeira se espalhou pelo Brasil, porém foi nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco onde se encontravam os maiores comentários entre o povo e a imprensa local. Apesar de reprimida a capoeira continuou a ser praticada e ensinada para as gerações seguintes.
Em 1929 ocorreu a quebra da Bolsa de Nova Iorque com a consequente crise do capitalismo, o Brasil viveu um momento de ebulição das forças sociais.
Com a entrada de Getúlio Vargas no governo do país, medidas foram tomadas para angariar a simpatia popular, entre elas a liberação de uma série de manifestações populares. Para tal, Getúlio Vargas convidou Manoel dos Reis Machado, o mestre Bimba, para uma apresentação no Palácio do Governo. Temendo a popularização da arte - luta, Getúlio Vargas permitiu a abertura da primeira academia de capoeira, que teria um cunho folclórico. Após essa passagem, a capoeira perdeu suas características de luta marginal e vadiagem, visto que para frequentar a academia de mestre Bimba os indivíduos eram obrigados a ter carteira de trabalho assinada.
Grande parte do que se sabe hoje sobre a capoeira praticada pelos escravos foi transmitido pelas gerações de forma oral, visto que "... a documentação referente à época da escravatura foi queimada por Rui Barbosa, Ministro da Fazenda no governo de Deodoro da Fonseca" (Sete 1997).
Enfim, a capoeira ganhou a popularidade estimada por Bimba, e até os dias de hoje vem reunindo adeptos pelo país.
Os negros da África, a maioria da região de Angola, foram trazidos para o Brasil para trabalhar nas lavouras de cana de açúcar como mão de obra escrava.
Segundo Menezes (1976), a vida dos negros trazidos da África de maneira forçada, brutal, consistia em trabalhar de sol a sol para os senhores portugueses que exploravam as riquezas brasileiras desde o descobrimento.
Chegando à nova terra, (os escravizados) eram repartidos entre os senhores, marcados a ferro em brasa, como gado, e empilhados na sua nova moradia: as prisões infectadas das senzalas. Os colonizadores agrupavam os africanos de diferentes regiões, com hábitos, costumes e até línguas diferentes, eliminando, assim, o risco de rebeliões.
Os negros chegavam ao Brasil, depois de passarem dias empilhados em navios negreiros, trazendo como única bagagem suas tradições culturais e religiosas.
O negro trouxe consigo suas danças e lutas guerreiras que de muita valia veio a se tornar para os escravos fugitivos.
Na África, mais precisamente na região de Angola, os negros lutavam com cabeçadas e pontapés nas chamadas "luta das zebras", disputando as meninas das suas tribos com a finalidade de torná-las suas esposas.
Na ausência de armas, os negros buscaram nas danças guerreiras sua forma de defesa. Da necessidade de preservação da vida, surgiu a capoeira.
Tendo como mestra a mãe natureza, notando brigas dos animais as marradas, coices, saltos e botes, utilizando-se das manifestações culturais trazidas da África (como, por exemplo, brincadeiras, competições etc. que lá praticavam em momentos cerimoniais e ritualísticos), aproveitando-se dos vãos livres que aqui se abriam no interior das matas e capoeiras, os negros criam e praticam uma luta de autodefesa para enfrentar o inimigo.
Com o passar dos tempos, os nossos colonizadores perceberam o poder fatal da capoeira, proibindo esta e rotulando-a de "arte negra", Santos (1998).
Em 1888 foi abolida a escravatura e com isso muitos escravos foram lançados nas cidades sem emprego e a capoeira foi um dos meios utilizados para a sobrevivência. Alguns ex escravos (foros) passaram a ganhar a vida fazendo pequenas apresentações em praça pública, porém muitos deles utilizaram a capoeira para roubar e saquear.
Os marginais brancos também aprenderam a nova luta com o convívio mais direto com os negros e introduziram na sua prática as armas brancas.
Formaram-se verdadeiros bandos de marginais aterrorizando a população.
Já em 1890 a capoeira foi colocada fora da lei pelo Código Penal da República, que dizia:
Art. 402 - Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal, conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em carreiras, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, promovendo tumulto ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal: Pena: De prisão celular de dois meses a seis meses. (Barbieri, 1993, p.118).
Segundo Sodré (1983), as punições aplicadas eram reclusão na ilha Fernando de Noronha e castigos corporais, tais como chibatadas.
Segundo Areias (1983), os seus chefes foram encarcerados ou exterminados, mas a capoeiragem continuou fazendo o seu trajeto.
A capoeira se espalhou pelo Brasil, porém foi nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco onde se encontravam os maiores comentários entre o povo e a imprensa local. Apesar de reprimida a capoeira continuou a ser praticada e ensinada para as gerações seguintes.
Em 1929 ocorreu a quebra da Bolsa de Nova Iorque com a consequente crise do capitalismo, o Brasil viveu um momento de ebulição das forças sociais.
Com a entrada de Getúlio Vargas no governo do país, medidas foram tomadas para angariar a simpatia popular, entre elas a liberação de uma série de manifestações populares. Para tal, Getúlio Vargas convidou Manoel dos Reis Machado, o mestre Bimba, para uma apresentação no Palácio do Governo. Temendo a popularização da arte - luta, Getúlio Vargas permitiu a abertura da primeira academia de capoeira, que teria um cunho folclórico. Após essa passagem, a capoeira perdeu suas características de luta marginal e vadiagem, visto que para frequentar a academia de mestre Bimba os indivíduos eram obrigados a ter carteira de trabalho assinada.
Grande parte do que se sabe hoje sobre a capoeira praticada pelos escravos foi transmitido pelas gerações de forma oral, visto que "... a documentação referente à época da escravatura foi queimada por Rui Barbosa, Ministro da Fazenda no governo de Deodoro da Fonseca" (Sete 1997).
Enfim, a capoeira ganhou a popularidade estimada por Bimba, e até os dias de hoje vem reunindo adeptos pelo país.
O Significado de Capoeira
Capoeiras
eram áreas semi desmatadas onde os escravizados treinavam seus golpes, e
provavelmente veio daí o nome da luta. Seus golpes quase acrobáticos e com
aspecto de dança, muito contribuíram para enganar os senhores de engenho, que
permitiam a prática, julgando-a como uma brincadeira dos escravos. Segundo
Areias (1983), a dança, por sua vez, representada pela ginga, servia para
disfarçar a luta dando-lhe um caráter lúdico e inofensivo. A capoeira serviu
por muitos anos como instrumento de luta dos escravos. O berimbau e outros
instrumentos
As rodas de capoeira são ritmadas pelo toque de instrumentos e pelas palmas dos capoeiristas.
O berimbau, que servia para dar ritmo ao jogo, também servia para anunciar a chegada de um feitor, ou seja, a hora de transformar a luta em dança.
As rodas de capoeira são ritmadas pelo toque de instrumentos e pelas palmas dos capoeiristas.
O berimbau, que servia para dar ritmo ao jogo, também servia para anunciar a chegada de um feitor, ou seja, a hora de transformar a luta em dança.
Escravos Negros
Os
escravos negros começaram a ser desembarcados no Brasil por volta de 1548 e,
nos três séculos seguintes, seriam predominantes do tronco linguístico banto,
do qual faz parte a língua Kimbundo.
Esse grupo englobava Angolas, Benguelas, Moçambique, Cabindas e Congos: "Eram povos de pequenos reinos e com um razoável domínio de técnicas agrícolas e cuja grande característica era possuir uma visão muito plástica e imaginosa da vida, com grande capacidade de adaptação cultural", (explica o antropólogo Oderp Serra).
No Brasil, esses grupos étnicos, antes rivais, se uniram pela escravidão formando uma cultura africana no Brasil a qual plantou bases e tradições muito fortes na cultura brasileira, na dança, música e técnicas de movimentos do corpo "Não existe na historiografia recente do Brasil, nenhum dado que possa afirmar que a capoeira é proveniente da África".
Com certeza ela foi desenvolvida por escravos no Brasil, portanto, a capoeira é legítima e genuinamente brasileira, não podemos afirmar com certeza, se a capoeira teve seu inicio no passado em Salvador, Rio de Janeiro ou Recife, provavelmente, se fez ao mesmo tempo nestas cidades, sabe-se que a capoeira realmente surgiu como "instrumentos de libertação contra um sistema dominante predominante opressor".
O homem negro na condição de escravo era tratado como peça desse sistema dominante, os meninos negros como moleques e as mulheres escravas com filhos como fêmeas com suas crias. Os registros que determinam datas para seu surgimento utilizam datas que variam entre 1578 e 1632.
Dessa forma, o surgimento da capoeira se funde com a história da resistência dos negros no Brasil. Eis porque as maiorias dos autores que escrevem sobre a questão associam o aparecimento da capoeira ao surgimento dos primeiros quilombos; alguns chegam a se referir especificamente ao Quilombo de Palmares (que foi o que reuniu um número maior de pessoas, cerca de 50 mil, e foi destruído em 1694) como sendo o berço da capoeira.
No século passado, as principais cidades portuárias brasileiras, como Salvador, Recife e Rio de Janeiro, eram uns aglomerados de gente.
Era comum a figura do escravo de ganho, aquele que tinha permissão de vender ou prestar serviços na rua e em troca dar uma porcentagem do dinheiro que obtivesse ao seu senhor. Sem outra coisa a oferecer senão a força física para carregar móveis, mercadorias e dejetos, muitos faziam ponto perto do porto. Não demorou para que esses grupos se organizassem sob a chefia de algum valente chamado de "capitão" que era exímio em capoeira.
Esse grupo englobava Angolas, Benguelas, Moçambique, Cabindas e Congos: "Eram povos de pequenos reinos e com um razoável domínio de técnicas agrícolas e cuja grande característica era possuir uma visão muito plástica e imaginosa da vida, com grande capacidade de adaptação cultural", (explica o antropólogo Oderp Serra).
No Brasil, esses grupos étnicos, antes rivais, se uniram pela escravidão formando uma cultura africana no Brasil a qual plantou bases e tradições muito fortes na cultura brasileira, na dança, música e técnicas de movimentos do corpo "Não existe na historiografia recente do Brasil, nenhum dado que possa afirmar que a capoeira é proveniente da África".
Com certeza ela foi desenvolvida por escravos no Brasil, portanto, a capoeira é legítima e genuinamente brasileira, não podemos afirmar com certeza, se a capoeira teve seu inicio no passado em Salvador, Rio de Janeiro ou Recife, provavelmente, se fez ao mesmo tempo nestas cidades, sabe-se que a capoeira realmente surgiu como "instrumentos de libertação contra um sistema dominante predominante opressor".
O homem negro na condição de escravo era tratado como peça desse sistema dominante, os meninos negros como moleques e as mulheres escravas com filhos como fêmeas com suas crias. Os registros que determinam datas para seu surgimento utilizam datas que variam entre 1578 e 1632.
Dessa forma, o surgimento da capoeira se funde com a história da resistência dos negros no Brasil. Eis porque as maiorias dos autores que escrevem sobre a questão associam o aparecimento da capoeira ao surgimento dos primeiros quilombos; alguns chegam a se referir especificamente ao Quilombo de Palmares (que foi o que reuniu um número maior de pessoas, cerca de 50 mil, e foi destruído em 1694) como sendo o berço da capoeira.
No século passado, as principais cidades portuárias brasileiras, como Salvador, Recife e Rio de Janeiro, eram uns aglomerados de gente.
Era comum a figura do escravo de ganho, aquele que tinha permissão de vender ou prestar serviços na rua e em troca dar uma porcentagem do dinheiro que obtivesse ao seu senhor. Sem outra coisa a oferecer senão a força física para carregar móveis, mercadorias e dejetos, muitos faziam ponto perto do porto. Não demorou para que esses grupos se organizassem sob a chefia de algum valente chamado de "capitão" que era exímio em capoeira.
Na história dos esforços pelo
reconhecimento
Na
história dos esforços pelo reconhecimento da Capoeira como esporte ou luta
nacional de origem étnico brasileira, há um verdadeiro calendário.
Em 1907, apareceu um trabalho, cujo autor se ocultou sob as iniciais O.D.C. (Ofereço, Dedico e Consagro), intitulado O Guia da Capoeira ou Ginástica Brasileira.
Em 1928, Annibal Burlamaqui assina Ginástica Nacional (Capoeiragem) Metodizada e Regrada.
Em 1932, fundação do Centro de Cultura Física e Capoeira Regional, do Mestre Bimba.
Em 1937, registro oficial do Centro de Cultura Física e Capoeira Regional.
Em 1942, foi feito um inquérito pela Divisão de Educação Física do Ministério da Marinha, consultando sobre os melhores elementos para a instalação de um método de ensino da Capoeira.
Em 1945, Inezil Penna Marinho lança o livro Subsídios Para o Estudo da Metodologia do Treinamento da Capoeiragem.
Em 1960, Lamartine Pereira da Costa, então oficial da Marinha, diplomado em Educação Física pela E.E.F.E e instrutor chefe dos cursos da Escola de Educação Física da Marinha, CEM-RJ, lança um livro que se tornou clássico: Capoeiragem - A Arte da Defesa Pessoal Brasileira.
Em 1968, Waldeloir Rego lança o livro Capoeira Angola - Ensaio Socioetnográfico, considerado um dos mais completos sobre Capoeira.
Em 01 de janeiro de 1973, entra em vigor o Regulamento Técnico da Capoeira, oficializando a Capoeira como o ESPORTE NACIONAL BRASILEIRO.
Em 27 de outubro de 1973 é registrada varias associações de capoeira no rio de janeiro.
Em 14 de julho de 1974 é fundada a Federação Paulista de Capoeira (FPC).
Em 17 de maio de 1984 é fundada a liga de capoeira cordel vermelho em Minas Gerais
Em 20 de julho de 1984 é fundada a Federação de Capoeira do Estado do Rio de Janeiro (FCERJ).
Em 21 de abril de 1989 é fundada a Liga Niteroiense de Capoeira (LINC).
Em 23 de outubro de 1992 é fundada a Confederação Brasileira de Capoeira (CBC).
Em 13 de maio de 1995 é fundada a Federação de Capoeira Desportiva do Estado do Rio de Janeiro (FCDRJ).
Em 03 de junho de 1995, é fundada a Liga Carioca de Capoeira.
Em 1907, apareceu um trabalho, cujo autor se ocultou sob as iniciais O.D.C. (Ofereço, Dedico e Consagro), intitulado O Guia da Capoeira ou Ginástica Brasileira.
Em 1928, Annibal Burlamaqui assina Ginástica Nacional (Capoeiragem) Metodizada e Regrada.
Em 1932, fundação do Centro de Cultura Física e Capoeira Regional, do Mestre Bimba.
Em 1937, registro oficial do Centro de Cultura Física e Capoeira Regional.
Em 1942, foi feito um inquérito pela Divisão de Educação Física do Ministério da Marinha, consultando sobre os melhores elementos para a instalação de um método de ensino da Capoeira.
Em 1945, Inezil Penna Marinho lança o livro Subsídios Para o Estudo da Metodologia do Treinamento da Capoeiragem.
Em 1960, Lamartine Pereira da Costa, então oficial da Marinha, diplomado em Educação Física pela E.E.F.E e instrutor chefe dos cursos da Escola de Educação Física da Marinha, CEM-RJ, lança um livro que se tornou clássico: Capoeiragem - A Arte da Defesa Pessoal Brasileira.
Em 1968, Waldeloir Rego lança o livro Capoeira Angola - Ensaio Socioetnográfico, considerado um dos mais completos sobre Capoeira.
Em 01 de janeiro de 1973, entra em vigor o Regulamento Técnico da Capoeira, oficializando a Capoeira como o ESPORTE NACIONAL BRASILEIRO.
Em 27 de outubro de 1973 é registrada varias associações de capoeira no rio de janeiro.
Em 14 de julho de 1974 é fundada a Federação Paulista de Capoeira (FPC).
Em 17 de maio de 1984 é fundada a liga de capoeira cordel vermelho em Minas Gerais
Em 20 de julho de 1984 é fundada a Federação de Capoeira do Estado do Rio de Janeiro (FCERJ).
Em 21 de abril de 1989 é fundada a Liga Niteroiense de Capoeira (LINC).
Em 23 de outubro de 1992 é fundada a Confederação Brasileira de Capoeira (CBC).
Em 13 de maio de 1995 é fundada a Federação de Capoeira Desportiva do Estado do Rio de Janeiro (FCDRJ).
Em 03 de junho de 1995, é fundada a Liga Carioca de Capoeira.
A Capoeira hoje
Capoeira
nas Academias a capoeira, antes treinada livremente pelos escravos, é agora
treinada dentro das academias.
A passagem dos campos de mata aberta para as salas das academias não foi a única modificação sofrida pela arte.
Com a entrada da capoeira nas academias, algumas modificações ocorreram na capoeira dos escravos do engenho.
Além de lugar fixo para o treinamento, foram implantados também horários para tal. Foi padronizado um uniforme que consiste em calça branca (representando as calças de saco que os negros usavam para a lida) e um cordel que deve ser amarrada no lado direito cintura da calça.
Alguns grupos que praticam a capoeira Angola utilizam-se de calça preta.
A passagem dos campos de mata aberta para as salas das academias não foi a única modificação sofrida pela arte.
Com a entrada da capoeira nas academias, algumas modificações ocorreram na capoeira dos escravos do engenho.
Além de lugar fixo para o treinamento, foram implantados também horários para tal. Foi padronizado um uniforme que consiste em calça branca (representando as calças de saco que os negros usavam para a lida) e um cordel que deve ser amarrada no lado direito cintura da calça.
Alguns grupos que praticam a capoeira Angola utilizam-se de calça preta.
Os
capoeiras, ou capoeiristas, agora se dividem em grupos que carregam um nome que normalmente representa a
escravidão.
Comumente, os capoeiristas representam o grupo, ao qual participam, com o símbolo gravado na calça. Esses grupos ou associações tem por objetivo expandir a arte da capoeira pelo país, alguns chegando até a levar a nossa arte para o exterior.
A maioria dos grupos de capoeira convivem pacificamente, apesar de cada um interpretar a capoeira de uma maneira diferente (alguns trabalham a capoeira numa visão mais folclórica, outros a entendem mais como luta, uns dão maior ênfase a parte esportiva, outros valorizam principalmente a educação pela capoeira).
Como prova do convívio de amizade entre os grupos, são realizados periodicamente encontros, que se reúnem com a finalidade de compartilhar conhecimentos.
Comumente, os capoeiristas representam o grupo, ao qual participam, com o símbolo gravado na calça. Esses grupos ou associações tem por objetivo expandir a arte da capoeira pelo país, alguns chegando até a levar a nossa arte para o exterior.
A maioria dos grupos de capoeira convivem pacificamente, apesar de cada um interpretar a capoeira de uma maneira diferente (alguns trabalham a capoeira numa visão mais folclórica, outros a entendem mais como luta, uns dão maior ênfase a parte esportiva, outros valorizam principalmente a educação pela capoeira).
Como prova do convívio de amizade entre os grupos, são realizados periodicamente encontros, que se reúnem com a finalidade de compartilhar conhecimentos.
Várias concepções da capoeira!
A capoeira pode e deve ser ensinada globalmente, deixando que o educando busque a sua identificação em quaisquer dessas enumerações que veremos a seguir.
Caberá ao docente um papel relevante orientando e estimulando para que o discente possa aproveitar ao máximo toda a sua potencialidade.
a capoeira pode ser praticada das seguintes formas:
Capoeira Luta
Representa a sua origem e sobrevivência através dos tempos, na sua forma mais natural, como instrumento de defesa pessoal, genuinamente brasileiro. Deverá ser ministrada com o objetivo de combate e defesa.
Capoeira Dança e Arte
A
Arte se faz presente através da música, ritmo, canto, instrumento, expressão
corporal e criatividade de movimentos.
É também um riquíssimo tema para as artes plásticas, literárias e cênicas.
Na Dança, as aulas deverão ser dirigidas no sentido de aproveitar os movimentos da capoeira, desenvolvendo flexibilidade, agilidade, destreza, equilíbrio e coordenação motora, indo à busca da coreografia e da satisfação pessoal.
É também um riquíssimo tema para as artes plásticas, literárias e cênicas.
Na Dança, as aulas deverão ser dirigidas no sentido de aproveitar os movimentos da capoeira, desenvolvendo flexibilidade, agilidade, destreza, equilíbrio e coordenação motora, indo à busca da coreografia e da satisfação pessoal.
Capoeira Folclore
É uma expressão popular que faz parte da cultura brasileira, e que deve ser preservada, promovendo a participação dos alunos, tanto na parte prática, quanto na teórica.
Capoeira Esporte
Como modalidade desportiva,
institucionalizada em 1972, pelo conselho nacional de desportos, ela mesma
deverá ter um enfoque especial para competição, estabelecendo-se treinamentos
físicos, técnicos e táticos.
Capoeira Educação
Apresenta-se
como um elemento importantíssimo para a formação integral do aluno, desenvolvendo
o físico, o caráter, a personalidade e influenciando nas mudanças de comportamento.
Proporciona ainda um autoconhecimento e uma análise crítica das suas
potencialidades e limites.
Capoeira Lazer
Funciona
como prática não formal, através das "rodas" espontâneas, realizadas
nas praças, colégios, universidades, festas de largo e etc., onde há uma troca
cultural entre os participantes.
Capoeira Filosofia
Entre
muitos fundamentos, trás uma filosofia de vida que prega o respeito ao próximo
e aos mais velhos, estes que por sua vez possuem um grau maior de sabedoria.
Muitos são os adeptos que se engajam de corpo e alma criando uma filosofia de
vida, tendo a capoeira como símbolo e até mesmo usando-a para a sua
sobrevivência.
Capoeira
Terapia
O esporte exerce um papel fundamental
no desenvolvimento somático e funcional de todo indivíduo. Para a pessoa com deficiência, respeitando-se as suas limitações e capacidades, o esporte tem
importância inquestionável. A capoeira vem tendo destaque muito grande, não só
como esporte, mas, no caso dos portadores de deficiência, ela atua,
verdadeiramente, como terapia. Considerando sempre as etapas mentais,
cronológicas e motoras do indivíduo, propicia um desenvolvimento orgânico mais
satisfatório, melhora o tônus muscular, permite maior agilidade, flexibilidade
e ampliação dos movimentos. Auxilia o ajuste postural, bem como o esquema
corporal, a coordenação dinâmica e, ainda, desenvolve a agilidade e força. Vale
ressaltar que a capoeira proporciona a liberação de sentimentos como a
agressividade e o medo, levando o ser humano a adquirir uma condição física
mais satisfatória e um comportamento mais socializado.